In omnia paratus
Clotilde Tavares | 16 de setembro de 2010
Alguns posts atrás, quando falei da frase de Thoreau que no momento encerra minha assinatura de e-mail, prometi estender o assunto das frases, falando de outras frases das quais gosto muito. Uma delas é a frase de Yeats, “Aos bons falta convicção, enquanto que os maus estão cheios de fé e entusiasmo”. Retirada do poema The Second Coming, essa frase resume aquilo que eu vejo em 90 por cento das pessoas que me cercam – os bons, sem convicção, cheios de tédio, desiludidos com a vida, sem tesão para a luta; e os maus cheios de força e entusiasmo. Eu procuro formar do lado dos bons nesta equação, embora conservando dos maus aquilo que presta – que é o tesão e o entusiasmo. E vambora ver no que dá.
Outra frase ótima é o provérbio oriental (well, a gente chama de provérbio oriental quando não sabe de quem é…): “Antes de sair para consertar o mundo dê três voltas dentro de sua própria casa”. Essa frase me pegou de jeito num momento da minha vida em que eu, cheia de ideais missionários e transformadoras, queria interferir de todas as maneiras na realidade, com especial ênfase na realidade dos outros. A frase me fez voltar o olhar crítico na minha própria direção, me fez enxergar a trave diante dos meus olhos antes de me incomodar com o cisco no olho do outro, como diria Dona Cleuza, minha mãe, expressando sua sabedoria caririzeira. Então dediquei-me de tal forma a dar as três voltas dentro da minha própria casa que ainda não terminei a tarefa. Acho que o mundo tem conserto, mas deve começar pelo nosso próprio quintal. Eu até escrevi um livro sobre isso, “A Magia do Cotidiano: como melhorar sua qualidade de vida”, que está praticamente esgotado, mas eu tenho intenção de colocá-lo disponível para download assim que tiver tempo de transformar o livro, que está em Pagemaker 6.5 no formato .pdf, mais apropriado para a web – como já fiz com o Coração Parahybano e Formosa És.
Uma boa frase, lida no blog da jornalista Rossana Herman é : “Interesse-se pelos interessantes e ignore os ignorantes”. Parece óbvio, mas é tão freqüente a gente fazer exatamente o contrário! Quantas vezes não damos cabimento a gente sem graça, estúpida, que nada tem para acrescentar, nem ao Universo e nem a nós mesmos? Enquanto isso as pessoas interessantes passam ao largo… E essa pérola, que colhi no douto texto de Santo Agostinho: “Senhor, dai-me continência e castidade, mas não agora!” Preciso comentar?
Finalmente, deixo você com um brocardo latino que há algum tempo vem logo abaixo do meu nome, na assinatura dos e-mails: In omnia paratus, que quer dizer simplesmente: Pronta para tudo, e é a atitude atual minha diante da vida. Ou seja, eu sempre estive pronta, mas nunca estive tão pronta como estou agora.
Oi Genúsia, grata pelo comentário. E saiba que quando eu era menina pensava que essa frase queria dizer: LIBERTA QUE SERÁS TAMBÉM…
Preciso de algumas atitudes na minha vida… uma delas é essa de não dar atenção aos ignorantes, de não jogar jóias aos porcos, de não semear em pedras… blablabla… por enquanto, começo a agir diferente, escrevendo aqui! Obrigada por sua energia e disposição em ser melhor nesse mundo e nos ajudar a sermos melhores. LIBERTA QUAE SERA TAMEN!!! Só não desejo a vc esse calor de Roraima (rsrsrsrs), mas, o calor do meu carinho. Hasta Luego!
Evandruzzzzz: Vou ver como transformar meus arquivos graças às informações suas e da Regina. Darei notícias do sucesso, ou do seu inverso.
Quanto à divisa, se está no masculino ou feminino, isso me deixou cabreira. Realmente vc tem razão e eu estudei latim por quatro anos no curso ginasial para saber que vc está certo. Na dúvida, e como achei a forma feminina “feia” estética e acusticamente, vou continuar usando no masculino ou então trocar para “The readiness is all”, do imortal William Shakespeare (Hamlet, ato V, cena 2) que quer dizer rigorosamente a mesma coisa.
SANTA CLÔ:
Não sei se a Regina Cebolinha, digo, a Regina Mônica, ooops, a Regina Goiabada Cascão está se referindo, aí em cima, ao mesmo programa.
Mas o fato é que o PDFCreator, gratuito, é pikininim mas bastante eficiente e facílimo de usar.
Basta abri-lo e arrastar um documento em PageMaker para que ele TOMATIKAMENTE transforme tudo (tudo mesmo) em .pdf, em questão de minutos.
Não lembra aquelas páginas SOBRE VOCÊ, que lhe enviei, em PDF, há alguns meses? Pois elas foram montadas assim…
Do vosso,
Evantavárish da Nobreklotylde…
POST SCRIPTUM: Com relação àquilo de PARATUS [“In omnia paratus”], é claro que Você pode continuar usando a expressão tradicional, antiga, no masculino. Mas, para a coisa ficar TOTALMENTE correta, teria que ser, no seu caso, PARATA, porque as três formas do adjetivo são paratus (masculino), parata (feminino) e paratum (neutro).
Outra forma admissível, no feminino: AD OMNIA PARATA (OU AD OMNIA PARATA SUM).
É aquela velha coisa que dizem os italianos: “Il latino si studia ma non si impara” — o latim é coisa só para se estudar, nunca para se aprender…
Eu queria ser Elke Maravilha pra dizer sem pejo: Amadinha… 🙂 🙂
Mandei email urgente pra vc, precisava falar naquela horinha e vc foi que nem certas lâminas de barbear: nem tchum. Agora não precisa mais… Tô lendo vc direitinho, viu, comadre? E alardeando seu talento pros quatro cantos – e mais que 4, se houver, quem foi que inventou que esse mundo de meu Deus é quadrado? Se não tiver firma reconhecida, eu me rebelo! Bom, todo esse trololó é pra dizer que tenho um programinha mixuruca que em segundos, no apertar de uma tecla, transforma seu page Maker em arquivo PDF. O livro de um amigo que levei á gráfica, deu maluquice ao ser impresso a partir do PMaker, então eu peguei tudinho e pedefei – e aí ficou lindinho. Se quiser, grite. Beijos, sua owner preferida que anda saudosa.